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Dias dos Reis | profile | all galleries >> PATRIMÓNIO EM PORTUGAL CONTINENTAL >> Património no Distrito de Viseu >> Património no Concelho de Lamego >> Museu de Lamego tree view | thumbnails | slideshow

Monumentos de Lamego - Santuário de N.Sª de Remédios | Monumentos de Lamego - Sé Catedral | Museu de Lamego

Museu de Lamego

Dias dos Reis



As imagens que retratam espaços interiores do museu não são passíveis de qualquer tipo de cedência

 Lamego, Lamego (Almacave e Sé).
 
Arquitetura residencial, barroca.

Proteção: Incluído na Zona Especial de Proteção da Sé de Lamego. 

Início da construção: Séc. 18.

PINTORES: André Reinoso (1614-1620); Luís António Ferreira (1743).

João Carvalho e Paula Figueiredo [excertos], in http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=6669
Museu de Lamego

Lamego, Lamego (Almacave e Sé).

Arquitetura residencial, barroca.

Proteção: Incluído na Zona Especial de Proteção da Sé de Lamego.

Início da construção: Séc. 18.

PINTORES: André Reinoso (1614-1620); Luís António Ferreira (1743).

João Carvalho e Paula Figueiredo [excertos], in http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=6669

  Cronologia: 1614-1620 - pintura de um painel com a Fuga para o Egipto e respectiva predela para um espaço do edifício, por André Reinos, por encomenda do bispo D. Martim Afonso Mexia; séc.18 - reconstrução da fachada e das salas do actual corpo principal, pelo Bispo Manuel de Vasconcelos Pereira (1773-1786); 1743, 2 Março - contrato com Luís António Ferreira, pintor de Lamego, residente na R. Direita, para a pintura das janelas e portas, por 31$000; 

João Carvalho e Paula Figueiredo [excertos], in http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=6669
Museu de Lamego

Cronologia: 1614-1620 - pintura de um painel com a "Fuga para o Egipto" e respectiva predela para um espaço do edifício, por André Reinos, por encomenda do bispo D. Martim Afonso Mexia; séc.18 - reconstrução da fachada e das salas do actual corpo principal, pelo Bispo Manuel de Vasconcelos Pereira (1773-1786); 1743, 2 Março - contrato com Luís António Ferreira, pintor de Lamego, residente na R. Direita, para a pintura das janelas e portas, por 31$000;

João Carvalho e Paula Figueiredo [excertos], in http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=6669

  (...) 1901 / 1910 - remodelação e modificação do interior, por ordem do bispo Francisco José Ribeiro de Vieira e Brito (1901-1922); 1910 - interrupção das obras e o edifício é confiscado; a Câmara Municipal pede o edifício para o transformar em museu; 1911 - é transformado em Museu público; 1911 - 1913 - entrada de peças da primitiva igreja da Misericórdia; (...)

João Carvalho e Paula Figueiredo [excertos], in http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=6669
Museu de Lamego

(...) 1901 / 1910 - remodelação e modificação do interior, por ordem do bispo Francisco José Ribeiro de Vieira e Brito (1901-1922); 1910 - interrupção das obras e o edifício é confiscado; a Câmara Municipal pede o edifício para o transformar em museu; 1911 - é transformado em Museu público; 1911 - 1913 - entrada de peças da primitiva igreja da Misericórdia; (...)

João Carvalho e Paula Figueiredo [excertos], in http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=6669

  (...)  1918, 21 Maio - inauguração do Museu, sendo o seu primeiro director João do Amaral, com peças da antiga colecção episcopal; 1926, 28 Agosto - edifício e cerca doados à autarquia por decreto governamental; 1928, 22 Janeiro - cedência de várias peças do Mosteiro das Chagas para a colecção permanente; 1936, 19 Junho / 1939, 1 Agosto - encerrado para obras de beneficiação;  (...)

João Carvalho e Paula Figueiredo [excertos], in http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=6669
Armas e Barões

(...) 1918, 21 Maio - inauguração do Museu, sendo o seu primeiro director João do Amaral, com peças da antiga colecção episcopal; 1926, 28 Agosto - edifício e cerca doados à autarquia por decreto governamental; 1928, 22 Janeiro - cedência de várias peças do Mosteiro das Chagas para a colecção permanente; 1936, 19 Junho / 1939, 1 Agosto - encerrado para obras de beneficiação; (...)

João Carvalho e Paula Figueiredo [excertos], in http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=6669

  (...)  1957, Agosto e Setembro - primeira exposição temporária, dedicada aos Mestres de Ferreirim; 1957, 1 Dezembro / 1958, Julho - encerrado para obras; 1964 - desalojada a Biblioteca Municipal; 1965, 12 Dezembro - mudança de designação de Museu Regional de Lamego para Museu de Lamego; 1968 - a G.N.R. muda para novas instalações e o museu passa a ocupar todo o edifício; (...)

João Carvalho e Paula Figueiredo [excertos], in http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=6669
Museu de Lamego

(...) 1957, Agosto e Setembro - primeira exposição temporária, dedicada aos Mestres de Ferreirim; 1957, 1 Dezembro / 1958, Julho - encerrado para obras; 1964 - desalojada a Biblioteca Municipal; 1965, 12 Dezembro - mudança de designação de Museu Regional de Lamego para Museu de Lamego; 1968 - a G.N.R. muda para novas instalações e o museu passa a ocupar todo o edifício; (...)

João Carvalho e Paula Figueiredo [excertos], in http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=6669

  (...)  1991, 09 agosto - o museu é afeto ao Instituto Português de Museus, Decreto-Lei n.º 278/91, DR, 1.ª série-A; 2003 - lançamento de concurso público para projeto de remodelação e ampliação do espaço museológico, ganho por Maria Armanda Ferreira de Abreu; 2007, 29 março - o imóvel é afeto ao Instituto dos Museus e Conservação, I.P. pelo Decreto-Lei n.º 97/2007, DR, 1.ª série, n.º 63. (...)

João Carvalho e Paula Figueiredo [excertos], in http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=6669
Museu de Lamego

(...) 1991, 09 agosto - o museu é afeto ao Instituto Português de Museus, Decreto-Lei n.º 278/91, DR, 1.ª série-A; 2003 - lançamento de concurso público para projeto de remodelação e ampliação do espaço museológico, ganho por Maria Armanda Ferreira de Abreu; 2007, 29 março - o imóvel é afeto ao Instituto dos Museus e Conservação, I.P. pelo Decreto-Lei n.º 97/2007, DR, 1.ª série, n.º 63. (...)

João Carvalho e Paula Figueiredo [excertos], in http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=6669

 Pedra de armas de D. Manuel de Noronha, bispo de Lamego entre 1551 e 1569. Em mármore, encontra-se fixada a uma esfera que encimava um chafariz com duas taças e quatro bicas que o bispo mandou edificar em frente ao paço episcopal, no antigo lugar do Rossio, para receção das águas do monte de Santo Estêvão, muito procuradas, na época, pelas suas propriedades curativas.

O chafariz foi desmantelado já no século XX, para a passagem da EN2, tendo-se conservado uma esfera onde foram apensas as armas dos Câmaras de Lobos encimadas pela divisa do bispo “Esta é boa guia” e o chapéu prelatício, de onde pendem duas cordas com três ordens de borlas de cada lado, associados ao governo episcopal de D. Manuel.

https://museudelamego.gov.pt/colecao/fragmentoarmas/
Armas de D. Manuel de Noronha

Pedra de armas de D. Manuel de Noronha, bispo de Lamego entre 1551 e 1569. Em mármore, encontra-se fixada a uma esfera que encimava um chafariz com duas taças e quatro bicas que o bispo mandou edificar em frente ao paço episcopal, no antigo lugar do Rossio, para receção das águas do monte de Santo Estêvão, muito procuradas, na época, pelas suas propriedades curativas.

O chafariz foi desmantelado já no século XX, para a passagem da EN2, tendo-se conservado uma esfera onde foram apensas as armas dos Câmaras de Lobos encimadas pela divisa do bispo “Esta é boa guia” e o chapéu prelatício, de onde pendem duas cordas com três ordens de borlas de cada lado, associados ao governo episcopal de D. Manuel.

https://museudelamego.gov.pt/colecao/fragmentoarmas/

 Estela funerária romana, datada do século I, com frontão triangular em que se inscreve um crescente lunar, símbolo funerário relacionado com a morte e a ressurreição. Na cartela inferior, surgem três figuras humanas, de execução fruste, uma delas infantil, interpretada como a representação do morto e de seus pais. No campo epigráfico, surge a dedicatória aos Manes, as almas dos entes queridos falecidos, e a identificação de Tongio ou Tongeta, de 16 anos.

Insere-se no conjunto de lápides epigrafadas recolhidas na cidade de Lamego e região envolvente, testemunhos da antiga cidade romana «Lamaecus».

https://museudelamego.gov.pt/colecao/estela-funeraria/
Estela Funerária
e Vestígios Romanos

Estela funerária romana, datada do século I, com frontão triangular em que se inscreve um crescente lunar, símbolo funerário relacionado com a morte e a ressurreição. Na cartela inferior, surgem três figuras humanas, de execução fruste, uma delas infantil, interpretada como a representação do morto e de seus pais. No campo epigráfico, surge a dedicatória aos Manes, as almas dos entes queridos falecidos, e a identificação de Tongio ou Tongeta, de 16 anos.

Insere-se no conjunto de lápides epigrafadas recolhidas na cidade de Lamego e região envolvente, testemunhos da antiga cidade romana «Lamaecus».

https://museudelamego.gov.pt/colecao/estela-funeraria/

 O retábulo de Jesus, Maria e José pertenceu à capela do Desterro, instituída pela clarissa Maria da Cruz, na ala setentrional do claustro maior do Mosteiro das Chagas, tendo a mesma religiosa se encarregado da pintura e douramento do retábulo.

Congregando elementos de várias épocas, o retábulo do Desterro foi profundamente alterado por posteriores acrescentos, conservando da primitiva estrutura, as quatro colunas torsas de sete espiras encimadas por capitéis compósito. A presença de motivos como conchas, festões, cornucópias, folhagem miúda e açafates de flores, denunciam o figurino rococó das alterações introduzidas.

O interior da tribuna é decorado com uma pintura de motivos florais, de vibrante colorido, simulando um luxuoso tecido brocado. Do mesmo modo, a frente do altar, recorrendo à mesma técnica de estofo das esculturas religiosas dos séculos XVI e XVII, constitui um expressivo exemplo de imitação na pintura de um frontal de altar têxtil.

No inventário dos bens do Mosteiro das Chagas, realizado em 1897, a capela do Desterro foi avaliada em 60$000 réis e as imagens da Virgem e de São José em 4$000 réis, não havendo, já na altura, qualquer referência à imagem do Menino que, de acordo com a iconografia do Desterro, se encontraria entre as mesmas.

https://museudelamego.gov.pt/colecao/retabulojesusmariajose/
Retábulo de Jesus, Maria e José

O retábulo de Jesus, Maria e José pertenceu à capela do Desterro, instituída pela clarissa Maria da Cruz, na ala setentrional do claustro maior do Mosteiro das Chagas, tendo a mesma religiosa se encarregado da pintura e douramento do retábulo.

Congregando elementos de várias épocas, o retábulo do Desterro foi profundamente alterado por posteriores acrescentos, conservando da primitiva estrutura, as quatro colunas torsas de sete espiras encimadas por capitéis compósito. A presença de motivos como conchas, festões, cornucópias, folhagem miúda e açafates de flores, denunciam o figurino rococó das alterações introduzidas.

O interior da tribuna é decorado com uma pintura de motivos florais, de vibrante colorido, simulando um luxuoso tecido brocado. Do mesmo modo, a frente do altar, recorrendo à mesma técnica de estofo das esculturas religiosas dos séculos XVI e XVII, constitui um expressivo exemplo de imitação na pintura de um frontal de altar têxtil.

No inventário dos bens do Mosteiro das Chagas, realizado em 1897, a capela do Desterro foi avaliada em 60$000 réis e as imagens da Virgem e de São José em 4$000 réis, não havendo, já na altura, qualquer referência à imagem do Menino que, de acordo com a iconografia do Desterro, se encontraria entre as mesmas.

https://museudelamego.gov.pt/colecao/retabulojesusmariajose/

Museu de Lamego
Museu de Lamego
Museu de Lamego
Museu de Lamego
 Apesar de conhecida desde o século XII, só nos finais da Idade Média a técnica da tapeçaria conheceu uma expansão verdadeiramente inusitada. Beneficiando de uma de uma indústria organizada e da presença de artistas, os neerlandeses especializaram-se na produção de grandes armações, que rapidamente dominaram o mercado, conquistando monarcas, altos dignitários e príncipes da Igreja, que as adquiriam para a decoração de palácios, castelos e catedrais, rendidos à extraordinária capacidade narrativa e ao sentido de conforto ligados a esta arte sumptuária.

Relacionam-se, justamente, com a antiga residência dos bispos de Lamego,  a coleção de tapeçaria  do Museu de Lamego, reputada como a mais importante que se conserva em Portugal.

https://museudelamego.gov.pt/colecao/tapecarias-flamengas/
Tapeçarias Flamengas

Apesar de conhecida desde o século XII, só nos finais da Idade Média a técnica da tapeçaria conheceu uma expansão verdadeiramente inusitada. Beneficiando de uma de uma indústria organizada e da presença de artistas, os neerlandeses especializaram-se na produção de grandes armações, que rapidamente dominaram o mercado, conquistando monarcas, altos dignitários e príncipes da Igreja, que as adquiriam para a decoração de palácios, castelos e catedrais, rendidos à extraordinária capacidade narrativa e ao sentido de conforto ligados a esta arte sumptuária.

Relacionam-se, justamente, com a antiga residência dos bispos de Lamego, a coleção de tapeçaria do Museu de Lamego, reputada como a mais importante que se conserva em Portugal.

https://museudelamego.gov.pt/colecao/tapecarias-flamengas/

 A primeira do conjunto de três capelas em talha dourada, em estilo barroco que o Museu de Lamego possui, provenientes do extinto Mosteiro das Chagas, em Lamego, fundado em 1588, pelo bispo D. António Teles de Meneses. Mandado executar pela abadessa do Mosteiro, D. Filipa Maria da Assunção Batista, em 1721, a estrutura central do retábulo combina colunas de fuste espiralado rematado por arcos concêntricos cuja inspiração se pode conotar com a estrutura dos portais dos templos românicos. Os ornamentos decorativos predominantes possuem valor simbólico associado à Eucaristia – folhas de videira, cachos de uva, meninos e pássaros. No frontal do altar, uma imponente fénix, simboliza a Eternidade e Ressurreição de Cristo.

https://museudelamego.gov.pt/colecao/capelansrapenhafranca/
Capela de Nossa Senhora
da Penha de França

A primeira do conjunto de três capelas em talha dourada, em estilo barroco que o Museu de Lamego possui, provenientes do extinto Mosteiro das Chagas, em Lamego, fundado em 1588, pelo bispo D. António Teles de Meneses. Mandado executar pela abadessa do Mosteiro, D. Filipa Maria da Assunção Batista, em 1721, a estrutura central do retábulo combina colunas de fuste espiralado rematado por arcos concêntricos cuja inspiração se pode conotar com a estrutura dos portais dos templos românicos. Os ornamentos decorativos predominantes possuem valor simbólico associado à Eucaristia – folhas de videira, cachos de uva, meninos e pássaros. No frontal do altar, uma imponente fénix, simboliza a Eternidade e Ressurreição de Cristo.

https://museudelamego.gov.pt/colecao/capelansrapenhafranca/

 A edificação da capela corresponde à reforma do paço episcopal empreendida por D. Manuel de Vasconcelos Pereira, no último quartel do século XVIII. Constitui, em todo o edifício, o único espaço que evoca a antiga residência dos bispos de Lamego, tendo-se mantido inalterado após as sucessivas campanhas de adaptação do edifício a museu. (...)

https://museudelamego.gov.pt/colecao/tetocapelaprivada/
Capela Privada do
Antigo Paço Episcopal

A edificação da capela corresponde à reforma do paço episcopal empreendida por D. Manuel de Vasconcelos Pereira, no último quartel do século XVIII. Constitui, em todo o edifício, o único espaço que evoca a antiga residência dos bispos de Lamego, tendo-se mantido inalterado após as sucessivas campanhas de adaptação do edifício a museu. (...)

https://museudelamego.gov.pt/colecao/tetocapelaprivada/

  (...) A pintura do teto sugere-nos ilusoriamente dois alçados que são fechados por um terceiro abobadado com uma pequena cúpula central, onde figuram alegorias às Três Virtudes Teologais – Fé, Esperança e Caridade – entre grinaldas, aconcheados, anjos, atlantes e cartelas rococó, de inspiração francesa.

Manuel de Vasconcelos Pereira, conhecedor da beleza e recetividade que tiveram as pinturas das abóbadas da Sé de Lamego, executadas pelo artista italiano Nicolau Nasoni, terá desejado decorar ao mesmo gosto a capela do seu paço, com referências que se estendem também a Pasquale Parente, outro pintor italiano que, no mesmo período, também trabalhou na decoração de tetos em perspetiva na diocese de Lamego. 

https://museudelamego.gov.pt/colecao/tetocapelaprivada/
Teto da Capela Privada
do Antigo Paço Episcopal

(...) A pintura do teto sugere-nos ilusoriamente dois alçados que são fechados por um terceiro abobadado com uma pequena cúpula central, onde figuram alegorias às Três Virtudes Teologais – Fé, Esperança e Caridade – entre grinaldas, aconcheados, anjos, atlantes e cartelas rococó, de inspiração francesa.

Manuel de Vasconcelos Pereira, conhecedor da beleza e recetividade que tiveram as pinturas das abóbadas da Sé de Lamego, executadas pelo artista italiano Nicolau Nasoni, terá desejado decorar ao mesmo gosto a capela do seu paço, com referências que se estendem também a Pasquale Parente, outro pintor italiano que, no mesmo período, também trabalhou na decoração de tetos em perspetiva na diocese de Lamego.

https://museudelamego.gov.pt/colecao/tetocapelaprivada/

 De grande elegância formal, com as superfícies lisas, sem decoração, que se cinge a discretos gravados no rebordo da base, colo e tampa, as duas bilhas faziam parte do recheio do antigo paço episcopal de Lamego, incorporado mais tarde no museu, quando este foi criado em 1917. Presença constante nos inventários dos bens do paço realizados ao longo do século XIX, são referidas como: dois Jarros grandes com aza e tapadoura.

Em 1908, o autor da separata O Paço Episcopal de Lamego, José Júlio Rodrigues, entre a relação das pratas pertencentes à mitra episcopal, menciona as duas bilhas: Duas grandes amphoras para uso das cerimonias da benção dos Santos Óleos, dando início ao que julgamos um equívoco, em relação ao uso das mesmas e, por conseguinte, à designação que habitualmente lhes tem sido atribuída. Na verdade, os conjuntos destinados à reserva dos santos óleos são constituídos por três ânforas identificadas normalmente pela inicial, conforme os óleos que nelas eram depositados (dos catecúmenos, dos enfermos e da consagração do crisma). A ausência de qualquer inscrição que as individualize, bem como a existência de apenas dois exemplares, corroborada pela documentação conhecida, levam a uma revisão da tipologia destes objetos.

Associadas a uma bacia de lava-pés, com a mesma decoração e do mesmo ourives do Porto, João Negreiros da Costa Rodrigues, fazem lembrar as bilhas de olaria popular, numa solução de apropriação de formas pela ourivesaria de Setecentos.

https://museudelamego.gov.pt/colecao/bilhas/
Bilhas

De grande elegância formal, com as superfícies lisas, sem decoração, que se cinge a discretos gravados no rebordo da base, colo e tampa, as duas bilhas faziam parte do recheio do antigo paço episcopal de Lamego, incorporado mais tarde no museu, quando este foi criado em 1917. Presença constante nos inventários dos bens do paço realizados ao longo do século XIX, são referidas como: dois Jarros grandes com aza e tapadoura.

Em 1908, o autor da separata O Paço Episcopal de Lamego, José Júlio Rodrigues, entre a relação das pratas pertencentes à mitra episcopal, menciona as duas bilhas: Duas grandes amphoras para uso das cerimonias da benção dos Santos Óleos, dando início ao que julgamos um equívoco, em relação ao uso das mesmas e, por conseguinte, à designação que habitualmente lhes tem sido atribuída. Na verdade, os conjuntos destinados à reserva dos santos óleos são constituídos por três ânforas identificadas normalmente pela inicial, conforme os óleos que nelas eram depositados (dos catecúmenos, dos enfermos e da consagração do crisma). A ausência de qualquer inscrição que as individualize, bem como a existência de apenas dois exemplares, corroborada pela documentação conhecida, levam a uma revisão da tipologia destes objetos.

Associadas a uma bacia de lava-pés, com a mesma decoração e do mesmo ourives do Porto, João Negreiros da Costa Rodrigues, fazem lembrar as bilhas de olaria popular, numa solução de apropriação de formas pela ourivesaria de Setecentos.

https://museudelamego.gov.pt/colecao/bilhas/

 A capela de São João Evangelista era a maior e mais valiosa de todas as que existiam no claustro do Mosteiro das Chagas, em Lamego. Em 1928, após a extinção do convento e antes da decisão da demolição do edifício, três capelas (de um conjunto de nove) e respetivas esculturas que se encontravam no claustro, foram cedidas ao museu. Apesar de não se encontrar datada, sabe-se que terá sido renovada nos inícios do século XVIII.

Nesta capela, que é simultaneamente santuário de relíquias, é interessante observarmos uma das noções mais caras à estética do barroco, relacionada com a ideia de «obra de arte total». Nela se reúnem não só as artes ditas «maiores» (arquitetura, escultura e pintura), como também é criado um efeito de ilusão e confusão nessa mesma associação. O mesmo será dizer, que não é imediatamente percetível determinar com precisão onde acaba a arquitetura e começa a escultura; ou onde acaba a escultura e começa a pintura.

No altar principal, a ladear a imagem do padroeiro, vemos painéis decorados com baixos-relevos a ilustrar episódios da vida de São João Evangelista. Nos muros laterais, albergadas em nichos, esculturas representado diversos santos com indumentárias profusamente decoradas e de rica policromia, constituem um valioso testemunho da produção de escultura religiosa em Portugal durante o século XVIII.

O discurso de «horror ao vazio» desta estrutura, completa-se na decoração da talha dourada, na qual predominam fénices, acantos e flores, que acentuam o caráter eminentemente simbólico de todo o espaço.

https://museudelamego.gov.pt/colecao/capelasjevangelista/
Capela de São João Evangelista

A capela de São João Evangelista era a maior e mais valiosa de todas as que existiam no claustro do Mosteiro das Chagas, em Lamego. Em 1928, após a extinção do convento e antes da decisão da demolição do edifício, três capelas (de um conjunto de nove) e respetivas esculturas que se encontravam no claustro, foram cedidas ao museu. Apesar de não se encontrar datada, sabe-se que terá sido renovada nos inícios do século XVIII.

Nesta capela, que é simultaneamente santuário de relíquias, é interessante observarmos uma das noções mais caras à estética do barroco, relacionada com a ideia de «obra de arte total». Nela se reúnem não só as artes ditas «maiores» (arquitetura, escultura e pintura), como também é criado um efeito de ilusão e confusão nessa mesma associação. O mesmo será dizer, que não é imediatamente percetível determinar com precisão onde acaba a arquitetura e começa a escultura; ou onde acaba a escultura e começa a pintura.

No altar principal, a ladear a imagem do padroeiro, vemos painéis decorados com baixos-relevos a ilustrar episódios da vida de São João Evangelista. Nos muros laterais, albergadas em nichos, esculturas representado diversos santos com indumentárias profusamente decoradas e de rica policromia, constituem um valioso testemunho da produção de escultura religiosa em Portugal durante o século XVIII.

O discurso de «horror ao vazio» desta estrutura, completa-se na decoração da talha dourada, na qual predominam fénices, acantos e flores, que acentuam o caráter eminentemente simbólico de todo o espaço.

https://museudelamego.gov.pt/colecao/capelasjevangelista/

Museu de Lamego
Museu de Lamego
 A policromia é uma constante nas imagens da oficina de Mestre Pero (circa 1300-1350), ainda que existam obras do mesmo escultor que possam nunca ter sido policromadas. Neste caso, mantendo-se a imagem colorida e, assim, mais naturalista, também é verdade que, devido aos repintes, estas camadas de preparo e de pigmentos dificultam a leitura mais apurada dos elementos escultóricos, como acontece em tantas imagens deste escultor e da sua oficina. Realizados em data incerta, os repintes devem ter ocorrido em finais do século XVIII ou inícios do seguinte, pelas características da pintura de uma laçada, junto ao pescoço, que evoca a joalharia do reinado de D. Maria I.

De acordo com as características que definem a produção de Mestre Pero, o presente exemplar apresenta uma disposição do corpo levemente sinuosa, com o joelho direito ligeiramente avançado e fletido, deixando a perna esquerda em tensão, e um dos lados da anca mais elevado. O rosto é oval e tem um ligeiro duplo queixo, o nariz fino e narinas salientes, os olhos amendoados e a boca com os lábios levemente unidos, num figurino que em tudo se relaciona com os modelos da imaginária feminina francesa do século XIII e inícios do XIV. O rosto é emoldurado por cabelos que definem madeixas onduladas, com caracóis pronunciados junto às orelhas e perfurados pelo uso do trépano. As mãos apresentam os dedos cilíndricos e alongados, e a parte superior algo aplanada. A Virgem usa véu curto e uma túnica com pregas requebradas, cingida por um cinto ornamentado. Sobre a túnica, um manto preso no peito com um alfinete quadrilobado.

Provavelmente realizada para a Catedral de Lamego, transitou, em data incerta, para o Hospital da Santa Casa da Misericórdia, onde se encontrava na capela e, posteriormente, num altar, na sala das parturientes.

https://museudelamego.gov.pt/colecao/virgemo/
«Virgem do Ó»

A policromia é uma constante nas imagens da oficina de Mestre Pero (circa 1300-1350), ainda que existam obras do mesmo escultor que possam nunca ter sido policromadas. Neste caso, mantendo-se a imagem colorida e, assim, mais naturalista, também é verdade que, devido aos repintes, estas camadas de preparo e de pigmentos dificultam a leitura mais apurada dos elementos escultóricos, como acontece em tantas imagens deste escultor e da sua oficina. Realizados em data incerta, os repintes devem ter ocorrido em finais do século XVIII ou inícios do seguinte, pelas características da pintura de uma laçada, junto ao pescoço, que evoca a joalharia do reinado de D. Maria I.

De acordo com as características que definem a produção de Mestre Pero, o presente exemplar apresenta uma disposição do corpo levemente sinuosa, com o joelho direito ligeiramente avançado e fletido, deixando a perna esquerda em tensão, e um dos lados da anca mais elevado. O rosto é oval e tem um ligeiro duplo queixo, o nariz fino e narinas salientes, os olhos amendoados e a boca com os lábios levemente unidos, num figurino que em tudo se relaciona com os modelos da imaginária feminina francesa do século XIII e inícios do XIV. O rosto é emoldurado por cabelos que definem madeixas onduladas, com caracóis pronunciados junto às orelhas e perfurados pelo uso do trépano. As mãos apresentam os dedos cilíndricos e alongados, e a parte superior algo aplanada. A Virgem usa véu curto e uma túnica com pregas requebradas, cingida por um cinto ornamentado. Sobre a túnica, um manto preso no peito com um alfinete quadrilobado.

Provavelmente realizada para a Catedral de Lamego, transitou, em data incerta, para o Hospital da Santa Casa da Misericórdia, onde se encontrava na capela e, posteriormente, num altar, na sala das parturientes.

https://museudelamego.gov.pt/colecao/virgemo/

Museu de Lamego
Museu de Lamego
 A pintura retabular, figurando o Calvário, atribui-se a Gonçalo Guedes, um dos mais destacados pintores a trabalhar em Lamego, nascido em 1559 e com atividade documentada até 1600, a quem se atribuem duas efígies do bispo D. António Teles de Meneses, o seu protetor. Trata-se de um pequeno retrato sobre tela, que se conserva na Santa Casa da Misericórdia de Lamego, e do retrato que se encontra nesta tábua, onde o bispo figura, orante, no canto esquerdo.

A pintura foi encomendada pela irmã do bispo fundador do mosteiro, Soror Antónia do Presépio, para o coro alto da igreja. Seguindo uma estampa do holandês Zacharias Dolendo, todo o espaço central da composição é dominado pela representação de Cristo crucificado, moribundo e de rosto caído. A Virgem, à esquerda, numa atitude protetora, coloca a mão sobre o ombro da figura do doador. No lado oposto, São João Evangelista, de manto vermelho e rosto imberbe, e aos pés da cruz, Maria Madalena.

O fundo, sombrio e carregado de nuvens, acentua o ambiente de dor e de consternação que as personagens revelam de modo contido.

A avaliar pelas características da moldura, o painel terá sido quase integralmente refeito no século XVIII. Na parte superior verifica-se um corte e acrescento do suporte, que afetaram parte da cruz e dos braços de Cristo, enquanto, na parte inferior, Maria Madalena e o doador ficaram reduzidos ao nível do busto.

https://museudelamego.gov.pt/colecao/calvario-com-doador/
«Calvário com doador»

A pintura retabular, figurando o Calvário, atribui-se a Gonçalo Guedes, um dos mais destacados pintores a trabalhar em Lamego, nascido em 1559 e com atividade documentada até 1600, a quem se atribuem duas efígies do bispo D. António Teles de Meneses, o seu protetor. Trata-se de um pequeno retrato sobre tela, que se conserva na Santa Casa da Misericórdia de Lamego, e do retrato que se encontra nesta tábua, onde o bispo figura, orante, no canto esquerdo.

A pintura foi encomendada pela irmã do bispo fundador do mosteiro, Soror Antónia do Presépio, para o coro alto da igreja. Seguindo uma estampa do holandês Zacharias Dolendo, todo o espaço central da composição é dominado pela representação de Cristo crucificado, moribundo e de rosto caído. A Virgem, à esquerda, numa atitude protetora, coloca a mão sobre o ombro da figura do doador. No lado oposto, São João Evangelista, de manto vermelho e rosto imberbe, e aos pés da cruz, Maria Madalena.

O fundo, sombrio e carregado de nuvens, acentua o ambiente de dor e de consternação que as personagens revelam de modo contido.

A avaliar pelas características da moldura, o painel terá sido quase integralmente refeito no século XVIII. Na parte superior verifica-se um corte e acrescento do suporte, que afetaram parte da cruz e dos braços de Cristo, enquanto, na parte inferior, Maria Madalena e o doador ficaram reduzidos ao nível do busto.

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 Os cinco painéis faziam parte de um políptico para a capela-mor da Sé de Lamego, encomendado pelo bispo de Lamego, D. João de Madureira (1503-1511), ao pintor viseense Vasco Fernandes, celebrizado pelo epíteto “Grão Vasco”.

Apesar de restarem apenas cinco painéis de um conjunto inicial de vinte, o contrato de encomenda estipulava que Vasco Fernandes devia executar um retábulo constituído por um conjunto de 20 painéis pintados, que seria composto por esta ordem: dois painéis ao centro, figurando o de cima Deus Pai com o globo na mão e rodeado de anjos, e o de baixo, a Virgem, sentada, com o Menino ao colo; em três fieiras com três quadros de cada lado, cenas da Criação do Mundo, da Criação de Adão, Infância de Jesus, desde a Anunciação até à Apresentação no Templo.

O retábulo manteve-se no local para que foi destinado até que obras realizadas no séc. XVII o fizeram apear e desmembrar.

Em 1910 encontravam-se os painéis na sala do Capítulo da Catedral, mas dos vinte painéis iniciais, apenas cinco se viriam a salvar. Em 1912, passam para o edifício do antigo paço episcopal e incorporados na coleção do Museu quando este foi criado, em 1917.

Considerado um dos principais responsáveis pela renovação da pintura portuguesa no século XVI, o pintor Vasco Fernandes transformou-se, no século XVIII, num pintor-herói à escala nacional, atribuindo-se-lhe a autoria de praticamente toda a pintura antiga. Este fenómeno de exaltação da figura do pintor poderá explicar-se pelo facto de ter inaugurado um período brilhante da pintura portuguesa, numa região onde não havia qualquer tradição, e pelo fascínio que o realismo da sua linguagem exerceu sobre as sucessivas gerações de espetadores.

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Sala de Grão Vasco

Os cinco painéis faziam parte de um políptico para a capela-mor da Sé de Lamego, encomendado pelo bispo de Lamego, D. João de Madureira (1503-1511), ao pintor viseense Vasco Fernandes, celebrizado pelo epíteto “Grão Vasco”.

Apesar de restarem apenas cinco painéis de um conjunto inicial de vinte, o contrato de encomenda estipulava que Vasco Fernandes devia executar um retábulo constituído por um conjunto de 20 painéis pintados, que seria composto por esta ordem: dois painéis ao centro, figurando o de cima Deus Pai com o globo na mão e rodeado de anjos, e o de baixo, a Virgem, sentada, com o Menino ao colo; em três fieiras com três quadros de cada lado, cenas da Criação do Mundo, da Criação de Adão, Infância de Jesus, desde a Anunciação até à Apresentação no Templo.

O retábulo manteve-se no local para que foi destinado até que obras realizadas no séc. XVII o fizeram apear e desmembrar.

Em 1910 encontravam-se os painéis na sala do Capítulo da Catedral, mas dos vinte painéis iniciais, apenas cinco se viriam a salvar. Em 1912, passam para o edifício do antigo paço episcopal e incorporados na coleção do Museu quando este foi criado, em 1917.

Considerado um dos principais responsáveis pela renovação da pintura portuguesa no século XVI, o pintor Vasco Fernandes transformou-se, no século XVIII, num pintor-herói à escala nacional, atribuindo-se-lhe a autoria de praticamente toda a pintura antiga. Este fenómeno de exaltação da figura do pintor poderá explicar-se pelo facto de ter inaugurado um período brilhante da pintura portuguesa, numa região onde não havia qualquer tradição, e pelo fascínio que o realismo da sua linguagem exerceu sobre as sucessivas gerações de espetadores.

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 Assinado e datado em 1790 pelo pintor Pedro Alexandrino de Carvalho (1730-1810), o painel da Visitação foi encomendado ao pintor lisboeta, com origens em Lamego, para decoração do retábulo da capela-mor da igreja da Misericórdia pelo bispo de Lamego D. João António Binet Píncio, à época, provedor da dessa Irmandade.

Ao centro e no primeiro plano desta composição de grandes proporções, figura o encontro entre Maria e sua prima santa Isabel, acompanhadas pelos respetivos esposos, são José e são Zacarias. No remate, a presença divina, evocada por uma revoada de nuvens habitadas por anjos, querubins e “putti”. A pintura possui um certo sentido cenográfico e teatral, visível na pose e gestualidade afetada das personagens, que é temperado, no entanto, pelo classicismo das arquiteturas de fundo, que servem também para escalonar, em profundidade, os diversos planos.

Notabilizado pela sua extensa atividade como pintor, Pedro Alexandrino de Carvalho executou numerosas obras, com incrível desenvoltura e rapidez, não só para quase todas as igrejas de Lisboa e proximidades, mas também em várias terras do país, tendo aceitado sempre todo o tipo de trabalhos. Por esse motivo, a história da arte o imortalizou com o epíteto de “fa presto”. Marcando um período de transição na pintura do século XVIII, a sua obra, estilisticamente, filia-se na pintura barroca italiana, já influenciada pelas gravuras do classicismo francês que, entretanto, foram afluindo a Portugal.

https://museudelamego.gov.pt/colecao/visitacao/
Sala da «Visitação»

Assinado e datado em 1790 pelo pintor Pedro Alexandrino de Carvalho (1730-1810), o painel da Visitação foi encomendado ao pintor lisboeta, com origens em Lamego, para decoração do retábulo da capela-mor da igreja da Misericórdia pelo bispo de Lamego D. João António Binet Píncio, à época, provedor da dessa Irmandade.

Ao centro e no primeiro plano desta composição de grandes proporções, figura o encontro entre Maria e sua prima santa Isabel, acompanhadas pelos respetivos esposos, são José e são Zacarias. No remate, a presença divina, evocada por uma revoada de nuvens habitadas por anjos, querubins e “putti”. A pintura possui um certo sentido cenográfico e teatral, visível na pose e gestualidade afetada das personagens, que é temperado, no entanto, pelo classicismo das arquiteturas de fundo, que servem também para escalonar, em profundidade, os diversos planos.

Notabilizado pela sua extensa atividade como pintor, Pedro Alexandrino de Carvalho executou numerosas obras, com incrível desenvoltura e rapidez, não só para quase todas as igrejas de Lisboa e proximidades, mas também em várias terras do país, tendo aceitado sempre todo o tipo de trabalhos. Por esse motivo, a história da arte o imortalizou com o epíteto de “fa presto”. Marcando um período de transição na pintura do século XVIII, a sua obra, estilisticamente, filia-se na pintura barroca italiana, já influenciada pelas gravuras do classicismo francês que, entretanto, foram afluindo a Portugal.

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 Na primeira metade do século XVII, a função dos retábulos é essencialmente emoldurar pinturas ou imagens e relevos policromados numa sucessão de registos horizontais e verticais separados por colunas e encimados por frontões, como sucede nesta capela, quase totalmente revestida por pinturas de temática religiosa, alusivas à Virgem, a Jesus e a diversos santos, com destaque, naturalmente, ao padroeiro, a merecer um ciclo narrativo constituído por sete tábuas a rodear o nicho principal. No conjunto de pinturas, reveladoras de um tratamento mais ou menos cuidado, de acordo com os recursos dos próprios pintores, é evidente a apropriação de modelos ensaiados por mestres europeus, difundidos, entre nós, através da circulação de gravuras.

A capela integra um conjunto de três capelas e um retábulo provenientes dos claustros do mosteiro das clarissas de Lamego. Fundado em 1588, foi extinto em 1834, na sequência da extinção das Ordens Religiosas, mas só mais tarde viria a encerrar portas, por motivo da última religiosa, em 1906.

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Capela de São João Batista

Na primeira metade do século XVII, a função dos retábulos é essencialmente emoldurar pinturas ou imagens e relevos policromados numa sucessão de registos horizontais e verticais separados por colunas e encimados por frontões, como sucede nesta capela, quase totalmente revestida por pinturas de temática religiosa, alusivas à Virgem, a Jesus e a diversos santos, com destaque, naturalmente, ao padroeiro, a merecer um ciclo narrativo constituído por sete tábuas a rodear o nicho principal. No conjunto de pinturas, reveladoras de um tratamento mais ou menos cuidado, de acordo com os recursos dos próprios pintores, é evidente a apropriação de modelos ensaiados por mestres europeus, difundidos, entre nós, através da circulação de gravuras.

A capela integra um conjunto de três capelas e um retábulo provenientes dos claustros do mosteiro das clarissas de Lamego. Fundado em 1588, foi extinto em 1834, na sequência da extinção das Ordens Religiosas, mas só mais tarde viria a encerrar portas, por motivo da última religiosa, em 1906.

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Os Telhados da Ribeira
Os Telhados da Ribeira
Rua Dr. Artur  de Magalhães Basto
Rua Dr. Artur
de Magalhães Basto
Museu de Lamego
Museu de Lamego
 Pedra de armas em granito, da segunda metade do século XVIII, proveniente da Casa do Poço, da família Carvalho Rebelo de Meneses, no Terreiro da Sé, em Lamego.

No escudo, da esquerda para a direita e de cima para baixo, distribuem-se as armas dos Carvalho, Teixeira, Cabral e Pinto. A encimar o escudo, o timbre, em forma de pomba. O elmo é fechado, voltado à direita, com pluma curvada para a frente.

Do escudo de fantasia, definido por volutas conjugadas com folhas de acanto, nasce uma profusa decoração ondulante formada por folhagem inspirada nesta planta, com palmetas e enrolamentos vegetalistas em cornucópia, ocupando todo o espaço disponível. Na parte inferior, ao centro, exibe uma máscara, e nos cantos ainda se observam as pontas das correias de suspensão do escudo, interpretadas aqui como um elemento predominantemente decorativo.

A casa do Poço esteve particularmente ligada à Ordem Soberana de São João de Malta, na segunda metade do século XVIII e primeiros anos de Oitocentos. A geração de ouro desta família teve nas pessoas de Diogo de Carvalho e Sampaio, Cavaleiro de Malta e Embaixador de Portugal em Madrid, bem como no Bailio de Malta, Frei Francisco de Carvalho Pinto, dois expoentes da cidade de Lamego.

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Sala da Pedra de Armas

Pedra de armas em granito, da segunda metade do século XVIII, proveniente da Casa do Poço, da família Carvalho Rebelo de Meneses, no Terreiro da Sé, em Lamego.

No escudo, da esquerda para a direita e de cima para baixo, distribuem-se as armas dos Carvalho, Teixeira, Cabral e Pinto. A encimar o escudo, o timbre, em forma de pomba. O elmo é fechado, voltado à direita, com pluma curvada para a frente.

Do escudo de fantasia, definido por volutas conjugadas com folhas de acanto, nasce uma profusa decoração ondulante formada por folhagem inspirada nesta planta, com palmetas e enrolamentos vegetalistas em cornucópia, ocupando todo o espaço disponível. Na parte inferior, ao centro, exibe uma máscara, e nos cantos ainda se observam as pontas das correias de suspensão do escudo, interpretadas aqui como um elemento predominantemente decorativo.

A casa do Poço esteve particularmente ligada à Ordem Soberana de São João de Malta, na segunda metade do século XVIII e primeiros anos de Oitocentos. A geração de ouro desta família teve nas pessoas de Diogo de Carvalho e Sampaio, Cavaleiro de Malta e Embaixador de Portugal em Madrid, bem como no Bailio de Malta, Frei Francisco de Carvalho Pinto, dois expoentes da cidade de Lamego.

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Museu de Lamego
Museu de Lamego
Museu de Lamego
Museu de Lamego
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