2) Relações externas: Em nenhum outro reinado da 2.ª dinastia manteve Portugal uma tão grande actividade diplomática, como no de D. João III, e com a Espanha, de uma maneira intensa. Com a França, de maneira bastante delicada, devido à guerra de corso movida pelos marinheiros franceses aos navios mercantes de Portugal e consequentes represálias por parte da nossa marinha de guerra. Com a Santa Sé, orientando-se no fortalecimento de relações, conseguindo D. João III o estabelecimento do tribunal da Inquisição em Portugal e aderindo os bispos portugueses ao espírito da Contra‑Reforma. Mais dentro do campo económico, são de pôr em realce as relações estabelecidas com os países do Báltico e a Polónia, através da feitoria de Antuérpia.
3) Política interna: A linha absolutista acentua-se nitidamente com D. João III. Este governa apenas com o auxílio do secretário de Estado, António Carneiro e seus dois filhos Francisco e Pêro de Alcáçova Carneiro. A máquina administrativa foi-se estruturando com centenas de regimentos, alvarás e cartas. Todavia, o seu reinado conheceu gravíssimas crises económicas e recorreu-se aos empréstimos externos. Fomes, epidemias e sismos fizeram também a sua aparição frequente.