Cronista de D. João I, guarda-mor das escrituras da Torre do Tombo, é a figura mais importante da literatura portuguesa medieval.
A sua importância reside no cuidado em fundamentar aescrita historiográfica em provas documentais, assim como no talento de que dá provas como escritor, descrevendo com minúcia e vivacidade as movimentações de massas (sobretudo durante as sublevações de apoio ao Mestre de Aviz, em Lisboa) e algumas cenas dos eventos que regista, incluindo diálogos, o que consegue não só com remissões a testemunhos fidedignos mas também com uma capacidade de manejar a linguagem que coloca a imaginação ao serviço da verdade, de que acaba por se não excluir.